EUA X VATICANO

Os Estados Unidos nunca se ligou ou se interessou ppor conclaves, sínodos ou similares. Não é um país católico e eu sempre tenho que me informar quando vai ser Carnaval ou Semana Santa porque depois de mais de duas décadas, você termina se alienando de nossas manifestações culturais. São João, não. São festa na mesma época não fica nesse #vaievem carnavalesco.
Portanto, foi uma surpresa enorme ver o interesse de algumas autoridades do Governo com as eleições do novo Papa.
Que diabo é isso, pensei.
E conhecendo um pouco da vida e história dessas autoridades, me dei conta de que é a primeira vez na História do país que há uma quantidade enorme de católicos nas redndezas de Trump, a começar pelo vice-presidente JP Vance, Marco Rubio, secretário de Estado (o terceiro homem mais importante da hierarquia doGoverno), John Ratcliffe, diretor da CIA e outros.
Então, o interesse pelo Vaticano estava explicado. E, a morte de Francisco acendeu uma luzinha nos olhos opacos de Trump. A repercussão da morte – até a China comentou – levou a Trump a conceder uns minutos para entender o poder desarmado de um Papa.
Trump, diferente de Stalin percebeu que ser Papa, mesmo sem controlar o mundo com tantas armas de alto potência destrutiva e uma moeda de pressão, é mais negócio do que ser presidente de um país por mais poderoso que seja. Simplesmente porque seu poder só se encerra na morte. E nos ofereceu uma cena que Freud adoraria. Um Trump paramentado com as vestes papais. E a imagem gerada por imteligência artifical correu o mundo. Coitado! Nem sacristão conseguiu ser.
A partir daí, o presidente dos EUA passou a dar pitaco na sucessão da Igreja e até apontar seus cardeais preferidos para o trono de São Pedro. Criou-se uma frente dentro do Governo em defesa dos nomes dos cardeais Michael Dolan, arcebispo de NY, conservador e de posições duvidosas frente às denúncias de abusos sexuais da Igreja ou, então o cardeal Leo Burke, que já foi arcebispo em New York. Tanto um quanto o outro, conservadores extremados, nomeados cardeais pelo ultra-direitista Papa Bento XVI.
Passei esses dias um tanto angustiada porque há alguns anos, Steve Bannon, um fascista explícito que tfez a primeira campanha de Trump e trabalhou na Casa Branca, chegou a dizer que trabalharia pela renúncia de Francisco e que iria se esforçar para eleger seu sucessor.
Cardeais são seres humanos. Passíveis de todas as virtudes e vícios que frequentam a alma humana. Portanto, corruptíveis, invejosos, bondosos, generosos…
E eis que, um cardeal novo ainda – só vai fazer 70 anos em setembro – profundo conhecedor das ruas de Chicago e dos dramas de uma América Latina miserável, amigo de Francisco, o Papa Inesquecível, surge como favorito. E, em menos de 48 horas é escolhido Papa.
Se foi obra do Espírito Santo, não sei, mas respirei aliviada com o resultado.
Acho que vou a Roma no outono. Vamos, Cidinha?
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